Num desses poemas, ela fala da essência do detergente e decompõe a palavra : é fantástico como ao desconstruirmos a palavra, vemos que ela é igual a de ter gente ou deter gente.
Desta evidência resultam várias considerações:
Tudo reside na forma como olhamos para as coisas e para as pessoas. As bivalências são sempre surpreendentes e oferecem-nos possibilidades infinitas de entendimentos.
De ter gente, é a razão ultima do ser enquanto parte do conjunto, mesmo que se queira ser apenas o numero único, divisível apenas por si próprio na imensidão dos números infinitos.
Deter Gente . Aqui é melhor irmos por partes e excluirmos a óbvia carga policial que os termos podem indiciar aos menos atentos. Fixemos as palavras em si :
deter como procura de não passarmos sem darmos conta,. É urgente que os outros percebam que existimos como somos e só assim nos podemos deter uns aos outros.
gente. Perdoem-me as outras línguas, mas fomos iluminados ao criarmos esta palavra tão cheirosa, carnuda, popular na sua sonoridade e grandiosa no seu sentido. Deter gente é o que todos fazemos ao longo da vida e é dessas escolhas, acasos, destinos , fados, porque não ,que mais tarde se fazem as nossas histórias.
Por ultimo apenas resta o evidente : quando lavarem a loiça lembre-se deste detergente que é igual a de ter gente e deter gente. Acredito que a loiça vai agradecer.
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