Este é um espaço que se pretende aberto a quem goste de contar histórias e de andar nos turbilhões labirínticos das palavras e das cores como bouquês feitos de lâminas.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

BURRA PENSADORA


O que nós aprendemos na idade em que é suposto sabermos muita coisa, é algo que cada vez mais me leva a desconfiar das histórias que BURRO VELHO NÃO APRENDE LINGUAS.


Pura mentira e maior injustiça ainda. Nem sempre o povo tem razão.


Não sou velha. Digamos que estou a meio do caminho se não houver mudanças bruscas de direcção. Gosto da sensação de conforto desta "meia idade", nem novo, nem demasiado velha ainda, para me serem condenáveis grandes ou pequenas loucuras.


Quando a vida parece estar já arrumada, vem daí a vontade ou a falta dela e aí vamos nós por novos caminhos. Apesar de tudo, a novidade do risco, dá sempre conta das contas da gente e não há nada a fazer : pensar e repensar, agir ou não, no meu caso mudar e zurrar também.


Como fazemos então para escolher, para saber. Como quando tínhamos a idade menor da meia idade, os "ses" são a alma do não e os caminhos desejados ficam na escada ou nos vãos delas e quando nós as descemos ou subimos, aí estão eles a acenar com a mão.


Por isso, a decisão é a melhor parte do conhecimento. Esquecemos o que queremos e apenas ficamos com as vontades e isso sim, apesar das dores das costas e dos óculos de ver ao perto, desejamos coisas que por vezes resultam. Pelo menos tentámos, dizemos nós, os personagens do des-conhecimento e da teimosia.


Tudo porque somos meias idades com muitos conhecimentos mas queremos ser velhos menos resignados. Como os burros, a falar inglês e francês.

1 comentário:

  1. olá homónima
    via facebook, e pelo link que o Vitor Machado sugere, cheguei aqui e gostei imenso.
    Vou ficar fã e seguir.
    E as pinturas como vão?
    As minhas continuam em http://mini-agv.blogspot.com

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