Este é um espaço que se pretende aberto a quem goste de contar histórias e de andar nos turbilhões labirínticos das palavras e das cores como bouquês feitos de lâminas.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

UMA QUESTÃO DE NERVOS


Estar doente no verão é uma chatice. Mesmo quando se é uma pessoa com doença, nem sempre se está com a dita, descansa-se de vez em quando o que é muito bom.

Voltemos ao verão que sem ser já é. Podia ter vindo de mansinho, devagarinho, pé ante pé, mas não, decidiu que chegaria de rompante, aos sopetões, e o resto viria por acréscimo.


De facto, o Verão e a Doença são parecidos : não se anunciam, instalam-se e não há mais do que resignadamente suportar os seus ânimos e caprichos. A força de vontade que um humano tem de fazer para os domar é um esforço em vão. Os seus caprichos são demasiado mesquinhos para se condoerem perante os desejos de um comum mortal. Não adianta pensar o que se fez mal antes e dizer que se vai ter cuidado agora, tal como constante e "Portuguesmente" maldizemos o frio no inverno e chamamos por ele no verão.


Contrariar a natureza das coisas é sempre dificil : é preferível não estrebuchar. A resignação e a esperança em dias melhores e mais frescos é mesmo a melhor atitude, até porque dores com calor só podem dar uma coisa : nervos.


E nós não queremos ficar doentes nervosos no verão.

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